Beleza

O que o colágeno pode fazer por você? Muito além da pele

Entenda como ele atua diretamente na composição dos músculos, tendões, ligamentos, tecidos e órgãos.

Por Fábio Pulitta

Pesquisador de saúde, nutrição e gastronomia, empresário e comunicador. Flávio é fundador e diretor da Puravida, empresa de alimentos saudáveis, e da plataforma de ensino online Puravida Academy.

Como anda sua produção natural de colágeno? Embora notemos com mais clareza a sua atuação na pele – afinal, rugas e flacidez são os sinais mais aparentes da sua falta –, o colágeno é a proteína em maior quantidade no nosso corpo. Ele atua diretamente na composição dos músculos, tendões, ligamentos, tecidos e órgãos. Na infância, adolescência e início da vida adulta, nosso organismo é uma fábrica eficiente de produção de colágeno. Mas com o avanço da idade, a menopausa e outros fatores externos – o sol, a poluição e o tabagismo, por exemplo –, a partir dos 35 anos sua produção natural é reduzida gradativamente. E é aí que entra a suplementação. 

Benefícios para a pele  

Muitos estudos comprovam a eficácia do uso do colágeno como auxiliar na rotina de beleza, uma vez que o corpo também utiliza o ativo absorvido para reparar as áreas mais necessitadas (1). E quando se fala em consumo de colágeno para a pele, o suplemento em pó é mais eficaz que o uso tópico em cremes justamente pelo fato de ser melhor absorvido diretamente pelas células. Quando usado em creme, o colágeno não atinge de fato o que é mais importante: a camada da derme, nossa “fábrica” de colágeno.  

Prevenindo dores

O colágeno também tem a função de ajudar a manter a integridade da cartilagem, tecido que se assemelha a uma borracha e reveste as articulações de joelhos, ombros, cotovelos etc. Alguns estudos apontam que tomar suplementos de colágeno pode prevenir o desgaste precoce dessas articulações, evitando quadros de dor (2). Por isso, seu uso é tão comum entre atletas de esportes de impacto, como a corrida de rua, e vem sendo utilizado também como auxiliar no tratamento de artrose.

Proteção extra para os ossos

Você sabia que seus ossos são formados por colágeno, além de sais minerais como o potássio, o cálcio e o fósforo? E assim como o colágeno presente em outras partes do corpo sofre deterioração ao longo da vida, o mesmo acontece com a massa óssea. Esse é um dos motivos pelos quais doenças como a osteoporose e as fraturas são mais comuns em idosos. Mas não precisa ser assim: estudos preliminares mostram que mulheres que fizeram uso de suplementos de colágeno e de cálcio apresentaram maior densidade óssea e a presença de menos proteínas no sangue ligadas à degradação óssea (3).

E uma força para os músculos

Sim, o colágeno está por toda parte no seu corpo, até nos músculos! Mais precisamente na fáscia que os reveste. Um teste realizado no Departamento de Nutrição, Esportes e Ciências do Esporte da Universidade de Freiburg, na Alemanha, apontou que a suplementação com colágeno, combinada a exercícios de força, foi capaz de melhorar a composição corporal e aumentar a força muscular em homens idosos com perda de massa magra (4). 

Qual colágeno tomar? 

As diferentes formulações de colágeno têm também variados efeitos no nosso corpo. O colágeno hidrolisado, por exemplo, juntamente com os peptídeos Verisol, estimulam diretamente a saúde da pele, cabelos, unhas, ossos, músculos e mucosa intestinal; já o colágeno tipo 2, age mais diretamente nas articulações, discos da coluna e ossos, com grande potencial de redução de dores.

Referências:

(1) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4206255/

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23949208/

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23949208/

https://www.jmnn.org/article.asp?issn=2278-1870;year=2015;volume=4;issue=1;spage=47;epage=53;aulast=Borumand

https://www.researchgate.net/publication/259628887_Oral_Intake_of_Specific_Bioactive_Collagen_Peptides_Reduces_Skin_Wrinkles_and_Increases_Dermal_Matrix_Synthesis

(2) https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17076983/

https://www.scielo.br/j/rbgg/a/fk95TfhxB7mPsmqYRDdHH8K/?lang=en&format=pdf

(3) https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25314004/

(4) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4594048/

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